As Três Brancuras do Católico

21 03 2014
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Todos os católicos são chamados a amar e venerar com profunda devoção três brancuras, as três brancuras da vida cristã: Hóstia Consagrada – a Virgem Maria – o Santo Padre. Se há algo que distingue os católicos de todos os outros cristãos – “separados de nós” – são as três brancuras:
A primeira brancura é o Sacratíssimo Corpo de Jesus, na Eucaristia. A brancura da hóstia é a brancura esplendorosa de Deus Vivo entre os homens. O pão ázimo, tão pequeno e simples, é transformado e Deus, porque tudo pode (!), está presente naquela matéria. O sumamente humilde esconde o sumamente infinito: “Visus, tactus, gustus, in te fallitur”.
A segunda brancura é a Virgem Santíssima. A sua brancura é do esplendor da sua virtude intocada da sua santíssima pureza e da sua intercessão poderosíssima junto de Deus. É a mãe que pede tudo o que os filhos necessitam; até o Demônio, que em si não tem nenhuma brancura, é sumamente escorraçado pela presença santíssima da Virgem Mãe de Deus. A brancura que provém de Deus não é afetada pelo escuridão do mal, antes afasta e destrói essa mesma escuridão, de modo que tudo seja luz divina.
A terceira brancura é o Santo Padre. O Papa – o “bispo vestido de branco” – é o vigário de Cristo, e na sua batina branca encerra a devoção de todos os fiéis católicos. O Santo Padre está à frente da multidão de fiéis, ensina-os, conduzi-os pelas estradas deste mundo, dispensa os sacratíssimos mistérios santificadores de Deus e combate, como Bom Pastor, todas os lobos que tentam atacar o Rebanho Santo de Deus. Em suma, além de marcas distintivas, que o são, as três brancuras são elementos centrais da fé cristã. São dons de Deus, fruto da Sua vontade soberaníssima, e a não aceitação destas verdades da Fé Católica significam o afastamento de Deus.




Desmascarar as tentações do tentador.

18 02 2013

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17.02.2013 – Cidade do Vaticano:

A Quaresma nos ensina que a fé em Deus é “o critério-base” da vida da Igreja. Foi o que afirmou o Santo Padre no Angelus deste domingo, da janela de seus aposentos que dá para a Praça São Pedro, o primeiro após o anúncio da sua renúncia ao ministério petrino.
Falando aos milhares de fiéis e peregrinos que o saudaram com afeto e comoção, Bento XVI ressaltou que, se estivermos unidos a Cristo, não devemos ter medo de combater o mal. Muitas faixas e cartazes levados pelos fiéis e peregrinos para a Praça São Pedro atestavam proximidade e gratidão ao Pontífice. Na saudação aos presentes Bento XVI agradeceu aos que estão rezando por ele, pela Igreja e pelo próximo Papa.
A Quaresma, iniciada com o Rito das Cinzas, é “tempo de conversão e penitência” que deve reorientar-nos “decididamente a Deus, renegando o orgulho e o egoísmo para viver no amor”. O Santo Padre iniciou assim a sua meditação sobre o Evangelho dominical que narra as tentações de Jesus no deserto. E ressaltou que a Igreja, mãe e mestra, “convida todos os seus membros a se renovarem no espírito”.
“Neste Ano da Fé a Quaresma é um tempo favorável para redescobrir a fé em Deus como critério-base da nossa vida e da vida da Igreja. Isso comporta sempre uma luta, um combate espiritual, porque o espírito do mal naturalmente se opõe à nossa santificação e busca fazer-nos desviar do caminho de Deus.”
Em seguida, Bento XVI observou que Jesus é conduzido ao deserto para ser tentado pelo diabo no momento de “iniciar o seu ministério público”. Portanto, não um momento casual:
“Jesus teve que desmascarar e repelir as falsas imagens de Messias que o tentador lhe propunha. Mas essas tentações são também falsas imagens do homem, que em todos os tempos insidiam a consciência, travestindo-se de propostas convenientes e eficazes, até mesmo boas.”
Os evangelistas Mateus e Lucas, observou, apresentam as tentações diversificando-as por ordem, mas a sua natureza não muda:
“O núcleo central delas consiste sempre no instrumentalizar Deus em função dos próprios interesses, dando mais importância ao sucesso ou aos bens materiais. O tentador é astuto: não impele diretamente em direção ao mal, mas em direção a um falso bem, fazendo crer que as verdadeiras realidades são o poder e aquilo que satisfaz as necessidades primárias.”
“Desse modo – acrescentou – Deus torna-se secundário, se reduz a um meio, definitivamente, torna-se irreal, não conta mais, desvanece”:
“Nos momentos decisivos da vida, mas, olhando bem, em todos os momentos, encontramo-nos diante de uma bifurcação: queremos seguir o eu ou Deus? O interesseindividual ou o verdadeiro Bem, aquilo que realmente é bem?”
As tentações, prosseguiu, fazem parte da “descida” de Jesus à nossa condição humana, “ao abismo do pecado e das suas conseqüências”. Uma descida que Jesus fez até os “infernos do extremo distanciamento de Deus”. Desse modo, afirmou, Jesus é, portanto, “a mão que Deus estendeu ao homem, à ovelha perdida para reconduzi-la a salvo”:
“Portanto, também nós não temos medo de enfrentar o combate contra o espírito do mal: o importante é que o façamos com Ele, com Cristo, o Vencedor. E para estar com Ele dirigimo-nos à Mãe, Maria: invoquemos Nossa Senhora com confiança filial no momento da provação, e ela nos fará sentir a potente presença de seu Filho divino, para repelir as tentações com a Palavra de Cristo, e assim recolocar Deus no centro da nossa vida.”

 

O Santo Padre concedeu, a todos, a sua Bênção apostólica.

 

Fonte: Rádio Vaticano.





Renúncia do Papa Bento XVI

11 02 2013

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Texto do discurso do santo Padre Bento XVI

Caríssimos Irmãos,

Convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.
Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.