Missionários Nossa Senhora da Africa

24 05 2013
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Missionários Nossa Senhora da África

Eu não poderia deixar de dar atenção a esses missionários.Sou um apaixonado pela vida missionária, principalmente entre os países pobres como a África.

E os Missinários de Nossa Senhora da África me chamou  a atenção.

“Ao despedir-se da Diocese de Nancy dizia: amai a Deus, meus irmãos e, se você deve temer o seu poder e sua justiça,  procurem amá-lo muito mais do que temê-lo, porque é desta forma que ele quer ser servido e honrado. Lavigerie era um homem de ação, porém guiado por uma intensa espiritualidade. Impossível analisá-lo sem conhecer esta particularidade. Seu tipo físico corpulento talvez não reflita sua alma delicada e sensível, mas é uma existência baseada na fé, uma fé simples e confiável, sempre buscando nos acontecimentos a presença de Deus que nos fala pelos fatos.
A contemplação da paisagem instantaneamente elevava a sua alma. A vista da Baía de Argel e os brilhantes horizontes do deserto elevavam seu espírito e mantinham seu coração livre e mais facilmente dirigido para Deus autor de toda beleza.
A Fe tem, aos olhos de Lavigerie, importância primordial. Em quase todas as circunstâncias pastorais, ele alude à fé. Tudo é possível com a fé, repetia com insistência. E acrescenta que se trata do inegável na ordem sobrenatural, é também o é na ordem natural: “Só o homem que tem fé é poderoso para a ação”. As riquezas não são suficientes para satisfazer as aspirações humanas. “A fé religiosa está na origem de todos os povos, já que ela inspira os sacrifícios sublimes que conservam e enobrecem, porque quando ela desaparece, também desaparecem os povos descrentes deixando seu posto para povos fiéis.”
Sua fé está cheia do amor do Deus e amor ao próximo. Professor na Sorbonne se esforçava por restaurar a verdadeira imagem de Deus como pai já que na doutrina jansenista aparecia  como um tirano. O amor de Deus é o caráter próprio e dominante da nova lei. O mandamento que ele nos inspira é o primeiro e o maior de todos. Jansenio não nega esta verdade, mas ele a interpreta de maneira tão desumana que transformou o mandamento numa contradição. As cartas pastorais de Lavigerie insistem sobre a bondade de Deus. “Deus é pai, Deus é infinitamente sábio e não pode brincar com suas criaturas e condená-las a um calvário sem razão e sem fim”. Ele nos deu o preceito da caridade e “Quando falo da caridade, não falo apenas da caridade fácil, falo de caridade que sabe como sofrer, sacrificar-se, autoimolar-se, se necessário, assim os mais endurecidos se vêm forçados a exclamar: estes são verdadeiramente discípulos de Deus.”
A conformidade do amor à vontade divina é outro dos seus frequentes pensamentos. Ele está convencido de que os projetos de Deus sobre os homens certamente são projetos de misericórdia. “Nenhum homem é excluído neste mundo.” Todos têm suficientes auxílios para encaminhar-se em direção ao Rio de misericórdia que, nascendo no Cimo do Calvário, se estende por todo o universo.
Ele era exigente consigo próprio antes de o ser com os outros. Seu horário começava às quatro da manhã. Dedicava três horas, aos exercícios de piedade. A tarde passava uma quantidade considerável de tempo lendo obras religiosas, especialmente os Padres da Igreja; os atos dos mártires de Dom Ruinart e Bossuet, seu autor favorito. Ele nunca omitia a meditação, o exame particular e a visita ao Santíssimo Sacramento. Ele se confessava todas as semanas, mesmo que estivesse em visita pastoral ou de viagem.
Um missionário, portanto deve ser profundamente piedoso, estar constantemente na presença de Deus, porque um missionário que não é piedoso, longe de conseguir o bem, tal vez possa fazer muito mal. Para um apostolo não há meio termo entre a santidade completa ou pelo menos desejada e a perversidade absoluta. Fazer tudo para ganhar almas para Jesus Cristo e sua igreja, e não retroceder ante nenhum perigo quando se trata de estender o Reino de Deus, seguindo a Santo Ignácio.  O trabalho é certamente um dos meios de santificação. “Nós nos santificaremos pelo trabalho”, repetia frequentemente aos seus secretários.
No centro da vida desse grande missionário está a Eucaristia. Seus íntimos colaboradores observavam sua piedade nas frequentes visitas ao Santíssimo Sacramento onde com frequência levantava as mãos implorando ao Cristo no Sacrário.  O imenso amor de Cristo aos homens, simbolizado em seu coração sagrado, é outra das grandes venerações de Lavigerie, bem como a devoção a Maria Imaculada. Este mistério foi desenvolvido por ele em sermões admiráveis dedicados à prática dum missionário.
Lavigerie apresenta Maria participando na terra dos trabalhos e sofrimentos de Jesus, merecendo assim associar-se a seu triunfo e seu poder misericordioso. Maria, a santidade perfeita, é toda misericórdia. “Quanto mais se é Santo,  mais facilmente se perdoa.
St. Joseph, esposo da Virgem Maria, é, naturalmente, outra das suas devoções fundamentais, a tal ponto que, escolhida por ele como “procurador-geral” de todas as suas obras, sentiu a necessidade de especificar essa veneração em sinais sensíveis e sempre levava com ele uma imagem do Santo. De São José dizia que ele nunca o tinha invocado em vão em seus problemas. Os Santos da África, especialmente São Fulgêncio e Santo Agostinho, foram outras das suas admirações. Também São Ignácio de Loyola deu vigor a espiritualidade de Lavigerie, contribuindo muito no seu papel de Fundador. São Francisco Xavier lhe parecia o melhor modelo para excitar a fé, a coragem e o zelo dos missionários, aos que recomendava a leitura da sua vida. São Vicente de Paulo inspirava sua caridade; a vida de São Bento e seus monges o entusiasmaram nos anos de juventude como sacerdote. São Francisco de Assis era outra de suas admirações; aconselhava aos Missionários da África de viajar para a Itália em peregrinação a Assis. E, como é lógico, os primeiros mártires de sua Congregação os seus intercessores.
Para ele, “a virtude do missionário é o zelo, a perfeição da caridade” . “Um missionário sem zelo é um monstro”, acrescentou. No entanto, tem um conceito lúcido do limite das atividades missionárias africanas dos Missionários e das irmãs Missionárias, suas duas Fundações religiosas: “os missionários devem, acima de tudo, ser iniciadores, porque o trabalho duradouro deve ser efetuado pelos próprios africanos, transformados em cristãos e Apóstolos”. “Eu sou Africano com todas ‘as potencias da minha alma”, disse uma vez. Um dos seus colaboradores dizia: “Posso assegurar que nunca vi nenhum encontro dele com um árabe ou um negro, sem que imediatamente lhe fizesse o bem”. Sempre que lhe expunham alguma necessidade ele socorria sempre que podia.
O mês de outubro de 1992 o passou preparando a sua morte: “Eu não tenho mais que ocupar-me nas coisas da eternidade”. Pediu ao Padre Superior que logo que visse que estava em perigo deveria administrar-lhe a unção dos enfermos e para ajudar a morrer bem ele devia sugerir-lhe pensamentos piedosos. Muitas vezes implorou que lhe abrissem a janela para ver o santuário de nossa Senhora da África e assim poder fazer sua visita a essa boa mãe e rezar o Rosário, fixando o olhar no templo. A paz dos últimos dias, uma tranquilidade um pouco distante, levou- o a perdoar com sorriso indulgente. No dia 22, festa de Santa Cecília, mandou que o coro da escola e sua banda de música tocassem para ele e despediu-se deles: meus filhos queridos, estou partindo. Amai sempre ao bom Deus. O dia 24 depois da missa quis levantar-se, mas não pode e no dia 25 entrou em agonia e entregou a sua vida ao pai.”

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